Recado aos alagoanos

REGATIANO, AZULINO, ALVINEGRO, ou torcedor de qualquer outro time das Alagoas, valorize o futebol da sua terra! VOCÊ TEM TIME PRA TORCER!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Torcer é apoiar (crítica, só pra construir)


Foto: Maceió Agora

Há quem cogite de movimento entre os jogadores para derrubar o técnico. Outros acham que a culpa é porque o técnico comete muitos erros ou o goleiro Cristiano é fraco (e o novo não é muito melhor) ou seriam por excessos com o uso de álcool na noite de Maceió ou a preparação física é inadequada ou mesmo que o time seja tecnicamente ruim.

Essas as razões que se atribui, não necessariamente em seu conjunto, para o pífio desempenho do CRB nesse 2º Turno do Alagoano.

Da minha parte, embora não as enxergue como “a(s) causa(s)” para o descalabro vivido pelo Galo, é fato que o goleiro Cristiano falhou algumas (várias) vezes — sendo mesmo o responsável principal por um ou outro resultado ruim —, e que o técnico Paulo Comelli também andou mexendo ou escalando mal o time. Nem vou enumerar aqui as falhas de um e de outro, porque quem vem acompanhando o CRB bem as conhece. Ambos aqui e ali não foram competentes em seus trabalhos, mas é só. Não são, em meu entender, os responsáveis pela penúltima colocação do Regatas. E no mais, discordo frontalmente.


Pra mim me parece claro que o time entrou de salto alto no 2º Turno (sem seriedade, sem profissionalismo, e achando que o 2º Turno seria quase uma mamata), por isto mesmo levou boas lapadas dos adversários. Só que quando acordou — e acordou —não tem conseguido sair do poço em que se afundou por sua conta e risco.

O time não é ruim (antes, é suficiente para disputar o título do campeonato alagoano, como disputou e ganhou o 1º Turno), os jogadores desejam reverter essa situação, e a diretoria tem feito a sua parte, embora com mais competência no âmbito administrativo do que no técnico (leia-se, contratações). Só que depois que se chega ao fundo do poço é mais difícil sair. E tomando-se o 2º Turno o CRB está, sim, no fundo do poço. Aí os jogadores sofrem as cobranças por resultados positivos, que não são poucas, tampouco injustas, da torcida, da direção e deles próprios, e pra agüentar cobrança tem que ter a cabeça no lugar.

Cabe à diretoria ajudá-los, proporcionando-lhes algum tipo de acompanhamento psicológico, e à torcida incentivá-los, indo a campo e torcendo pelo time. Não adianta protesto violento (só põe os caras mais pra baixo do que já estão, ou coisa pior), nem vaia, muito menos abandonar o time deixando de ir a campo. Nem burro trabalha na porrada. Empaca. Se o sujeito já está psicologicamente abatido, não é com agressão que você poderá ajudá-lo, e ajudar-se (afinal, o que você quer é que ele dê ao seu clube os resultados que você espera lhe dê).

Os jogadores estão de péssimo astral; não se pode desejar não ver, apenas porque mais fácil, já que enxergar implica alguma generosidade e, principalmente, amor incondicional ao clube. Não é razoável imaginar que as coisas chegaram aonde chegaram porque os jogadores não queiram vencer, não quisessem ganhar o turno, não queiram se classificar, ou não queiram ser campeões. É óbvio que querem. Nada é melhor para um jogador, que vive do futebol, do que vitória e títulos. Cabe ao torcedor regatiano apoiar o time. Ir a campo e apoiar seus jogadores. Fazê-lo só na boa é muito fácil. Apoiar o time: assim é que se comporta uma torcida que se pretenda ser assim chamada. E a torcida regatiana já provou que sabe estar ao lado do clube nos piores momentos. Volte a fazê-lo, então. E urgente.

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