Crônica
O que eu sei é que foi (e está) muito bom!
Particularmente, porque é inevitável a comparação com as campanhas dos três últimos anos. Chegamos em 3° lugar no Estadual! Ironia, não! Dei graças aos céus! E dadas as circunstâncias, foi um bom começo. Tá, meu(minha) camarada, não desconheço que é pouco para um time da grandeza, tradição e torcida do CRB... Mas, meu Deus(!), a realidade é que evoluímos, ora! Não se pode entender o presente sem olhar para o passado! E não é porque não foi uma campanha à altura do que é e representa o Clube de Regatas Brasil que vou deixar de reconhecer que foi melhor do que, por exemplo, a do ano imediatamente anterior, para ficar por aí. E, assim compreendendo, atestar o valor do modesto feito! Aliás, Joãozinho Paulista, quando chamado, foi muito competente na condução do Regatas. E como foi bom comemorar de novo com o João, lá em Coruripe — eu, na arquibancada; ele, no campo, junto com seus comandados —, após aquela emocionante partida.
E aqui vou voltar um pouco para fixar o fato que para mim foi o marco dessa alavancada: a assunção, no comando do Galo da Praia, do seu atual Presidente, Wilton Figueiroa. Veja-se: Primeiro, a contratação da RT Sports, seguida da parceria com o Atlético Mineiro. Depois vieram os jogadores, por empréstimo, do Corinthians Alagoano (leia-se, João Feijó). A despeito de desencontros pontuais, o entrosamento foi tão satisfatório — e os resultados obtidos, idem —, , que não é raro ouvir-se falar em três parcerias, quando, em verdade, tecnicamente haveria apenas uma, com o clube mineiro. E a coisa me parecia tão produtiva e interessante, que já em julho deste ano escrevi uma crônica aprovando a medida (“As parcerias: um mal, ou um bem?”, então, no Blog do AnDRé fALcÃO, hoje postada no blog BOLAGOANA).
Concomitantemente, ou pouco depois, assume a Presidência do Conselho Deliberativo o Kennedy Calheiros, cuja seriedade e competência não é discutida, além, é claro, de importantes colaboradores, membros daquela Diretoria. Tivemos dois ótimos técnicos — há muito não se via uns assim, na Pajuçara —, obtendo, com o primeiro deles, a marca de 30 pontos no 1° turno, e, com o segundo, uma recuperação da fase negativa que veio depois, de modo que, juntos, nos permitiram alcançar a honrosa 8ª posição, no 2° campeonato mais importante do país, com o mesmo número de pontos do 6° colocado e há apenas 6 pontos do 4°.
Com o plantel de que se compôs o Galo, não ficamos a dever a nenhum time concorrente. Basta observar que vencemos os quatro classificados à Série A do Brasileirão, não raro lutando contra arbitragens incompetentes (ou mal-intencionadas).
Valorosos patrocínios — de que é destaque o Município de Maceió, capitaneado por um regatiano-prefeito muito do arretado — foram contratados, criou-se o Projeto Sócio-Torcedor — parece-me levado pelo grupo “CRB ACIMA DE TUDO”, depois rebatizado para Craque-Torcedor —, e a Pajuçara não pára: é Sala de Imprensa, Departamento de Fisioterapia, novos alojamentos, ôxe!, coisa demais! Até contratou-se um profissional de Psicologia! Graças!
Tudo isto com as contas e salários em dia, as dívidas passadas, auditadas e renegociadas — diacho que os que as contraíram irresponsavelmente não paguem, com o seu, por isto! —, e com a expectativa de uma boa base para o Alagoano/2008.
Fazer o quê? Quando há muito de bom no trabalho feito, há de reconhecer-se. E agradecer. Obrigado, CRB! E vamos lá, Galo! O alagoano já está aí! Sinto, não só pelo seu passado de glórias, mas também pelo presente, muito orgulho de você.
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Também publicada nos sítios futebolalagoano.com e CRB-NET