Crônica
Nem endoidei (pressupondo que sou bom do juízo), nem sou ou me tornei masoquista (pelo menos não conscientemente), tampouco gosto de apanhar (Deus me livre!, e sadismo também não é a minha praia, muito menos acompanhado de algum sofrimento), muito menos sou frio ou racional ao ponto de não ter ficado “puto da vida” (ops!, leitor, desculpe a expressão) com a humilhação e a vergonha experimentadas domingo.
Aliás, ontem, até às primeiras horas após o jogo, foi o tempo de extravasar a irritação, de reagir passionalmente ao tropeço (vamos chamar assim o desastre de ontem), com direito a xingamento a jogador, técnico, o escambau! Afinal, a gente também é instinto (controlado, porém), não é só razão. Dispensáveis, nesse aspecto, apenas as pedras. Só estas. Mas a lição, como se vê, ainda não foi aprendida pelos adeptos do arremesso desse perigoso objeto em jogos do CRB.
Hoje, ou, ainda, ontem à noite bem mais tarde, é chegado o momento de analisar friamente o acontecimento, tentando enxergar (e extrair) o que de bom pode vir a trazer ao Galo a surra sofrida. Em primeiro lugar, registro logo que continuo considerando a parceria um ótimo negócio para o Regatas. Aliás, as parcerias. A firmada com o Atlético/MG — por meio, aliás, da contratação da RT Sports, tida como parceira, embora, a rigor, cuide-se de uma empresa prestadora de serviços ao CRB — foi um achado, cobiçada, não tenho a menor dúvida, por vários times que enfrentam as dificuldades financeiras, econômicas e patrimoniais do Galo de Campina. E a RT Sports até agora também tem se mostrado interessante, com mais prós do que contras.
O problema, me parece, é a sua consideração como uma quase panacéia, remédio para todos os males. Não o é. E não o sendo — como de resto restou demonstrado pela pífia campanha do CRB no 1° Turno do Alagoano, agora com o coroamento da pisa humilhante, sofrida em plena Pajuçara, impingida pelo desacreditado, e até então em crise, ASA — cumpria encontrar outras saídas que viessem a se juntar àquelas exauridas pelas parcerias. Faltava dinheiro? Sem dúvida. Mas alternativas haveriam de ser buscadas no sentido de obtê-lo.
Naturalmente não se entenda essas palavras como falta de reconhecimento pela seriedade com que o trabalho vem sendo promovido pela atual Diretoria, que continua merecedora de nosso apoio. Mas urge dar-se outros passos, que possam vir a se somar aos já trilhados. As palavras do Presidente do Conselho Deliberativo do Clube, nesse sentido, logo em seguida ao desastre, seguidas das providências que elencou com vistas à obtenção de apoio financeiro para novas contratações, parecem um bom sinal de que a pisa surtiu efeito; parecem vir provar, mais uma vez, que é na crise que se cresce, a partir da constatação, não raro cruel (pisa dói), dos eventuais erros cometidos ou acomodações que se instalaram.
O CRB é adulto e capaz. Não precisa de pai ou mãe a lhe ditar rumos ou o seu destino. Nem os terá, diga-se de passagem. Precisa de parceiros, não de tutor. Mas também precisa do amor incondicional de seus torcedores. Com menos de 500 Craques-Torcedores atuais, estará sendo amado pela (enorme) parcela de sua torcida que tem condições financeiras de associar-se? Não se pode confundir desavenças ou discordâncias eventualmente existentes com quem dirige o clube, principalmente em momentos de dificuldade como agora, com o próprio clube. É nas dificuldades que o torcedor precisa mostrar o seu propalado amor. Cada um tem que fazer a sua parte. Pelo bem do CRB, que é quem, afinal, importa nessa história toda.
Aliás, ontem, até às primeiras horas após o jogo, foi o tempo de extravasar a irritação, de reagir passionalmente ao tropeço (vamos chamar assim o desastre de ontem), com direito a xingamento a jogador, técnico, o escambau! Afinal, a gente também é instinto (controlado, porém), não é só razão. Dispensáveis, nesse aspecto, apenas as pedras. Só estas. Mas a lição, como se vê, ainda não foi aprendida pelos adeptos do arremesso desse perigoso objeto em jogos do CRB.
Hoje, ou, ainda, ontem à noite bem mais tarde, é chegado o momento de analisar friamente o acontecimento, tentando enxergar (e extrair) o que de bom pode vir a trazer ao Galo a surra sofrida. Em primeiro lugar, registro logo que continuo considerando a parceria um ótimo negócio para o Regatas. Aliás, as parcerias. A firmada com o Atlético/MG — por meio, aliás, da contratação da RT Sports, tida como parceira, embora, a rigor, cuide-se de uma empresa prestadora de serviços ao CRB — foi um achado, cobiçada, não tenho a menor dúvida, por vários times que enfrentam as dificuldades financeiras, econômicas e patrimoniais do Galo de Campina. E a RT Sports até agora também tem se mostrado interessante, com mais prós do que contras.
O problema, me parece, é a sua consideração como uma quase panacéia, remédio para todos os males. Não o é. E não o sendo — como de resto restou demonstrado pela pífia campanha do CRB no 1° Turno do Alagoano, agora com o coroamento da pisa humilhante, sofrida em plena Pajuçara, impingida pelo desacreditado, e até então em crise, ASA — cumpria encontrar outras saídas que viessem a se juntar àquelas exauridas pelas parcerias. Faltava dinheiro? Sem dúvida. Mas alternativas haveriam de ser buscadas no sentido de obtê-lo.
Naturalmente não se entenda essas palavras como falta de reconhecimento pela seriedade com que o trabalho vem sendo promovido pela atual Diretoria, que continua merecedora de nosso apoio. Mas urge dar-se outros passos, que possam vir a se somar aos já trilhados. As palavras do Presidente do Conselho Deliberativo do Clube, nesse sentido, logo em seguida ao desastre, seguidas das providências que elencou com vistas à obtenção de apoio financeiro para novas contratações, parecem um bom sinal de que a pisa surtiu efeito; parecem vir provar, mais uma vez, que é na crise que se cresce, a partir da constatação, não raro cruel (pisa dói), dos eventuais erros cometidos ou acomodações que se instalaram.
O CRB é adulto e capaz. Não precisa de pai ou mãe a lhe ditar rumos ou o seu destino. Nem os terá, diga-se de passagem. Precisa de parceiros, não de tutor. Mas também precisa do amor incondicional de seus torcedores. Com menos de 500 Craques-Torcedores atuais, estará sendo amado pela (enorme) parcela de sua torcida que tem condições financeiras de associar-se? Não se pode confundir desavenças ou discordâncias eventualmente existentes com quem dirige o clube, principalmente em momentos de dificuldade como agora, com o próprio clube. É nas dificuldades que o torcedor precisa mostrar o seu propalado amor. Cada um tem que fazer a sua parte. Pelo bem do CRB, que é quem, afinal, importa nessa história toda.
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