Recado aos alagoanos

REGATIANO, AZULINO, ALVINEGRO, ou torcedor de qualquer outro time das Alagoas, valorize o futebol da sua terra! VOCÊ TEM TIME PRA TORCER!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Receita para o sucesso do futebol alagoano

Crônica
Na verdade, não sou a pessoa mais indicada para apontar esse receituário. Afinal, minha formação no futebol — e minha prática — é apenas a do torcedor que vai a todos os jogos do seu (único) time do coração e procura ajudá-lo como pode. No mais, tenta se informar e, sempre que possível, assiste aos jogos (de qualquer outro time) que lhe pareçam interessantes, porque gosta de futebol. Deseja muito voltar a ver o futebol alagoano que já viu, mas tem dúvidas de que o conseguirá. E só.

Este ano tive uma rápida passagem pelo Conselho Deliberativo do CRB. Ingressei ainda no decorrer do Campeonato Alagoano. Foi muito emocionante. Não a “solenidade” de ingresso, em si, já que mais do que simples, foi quase desapercebida. Emocionante foi saber-me lá, conselheiro do meu clube tão amado. Mesmo quando vim a saber-me incluso no grupo dos “Conselheiros 150”. Explico: conforme a quantia com que você se comprometesse a contribuir mensalmente — 150, 300 ou 500 reais —, à frente do seu cartão eletrônico do “Craque-Torcedor Conselheiro” vinha inserida a sua, digamos, categoria: “Conselheiro 150”. Tudo bem. Embora eu me soubesse, portanto, uma espécie de Conselheiro de 3ª categoria, foi uma honra, mesmo assim.

Fui convocado, e compareci, a umas 3 reuniões mensais. Era oferecido um lanche simples, mas muito gostoso (ô pãozinho de queijo bom danado! Derretia na boca, o peste!). Nesse período, tentei novamente — agora já como Conselheiro (puxa! Como diz o Malandrinho: que legal!) —, que aceitassem a ajuda psicológica tantas vezes por mim oferecidas antes, por meio da Dra. Helena Barbosa — esta, por sua vez, fazendo-me uma enorme deferência pessoal. A custo zero para o CRB, ressalve-se. Nada. Aí veio a crise e cessaram as reuniões. Surpreendente e contraditoriamente para mim — este novel Conselheiro (ops! Conselheiro 150) —, ninguém procurou reunir o Conselho. Se houve alguma reunião oficial (não li nenhuma convocação nos jornais, como antes), eu, pelo menos, nunca fui chamado.

Depois, bem depois, com o CRB pegando carreira na sua derrocada, consegui levá-la (a doutora) umas 3 vezes, quando eram treinadores o Nélson e o Jean Carlos, salvo engano. E só. Foi quando finalmente concluí que minha ajuda não era bem-vinda. Logo — conclusão segunda — estava tomando a vaga de alguém que poderia ser mais útil. Assim, saí. Meados de junho/2008 entreguei no CRB e ao meu amigo Carlinhos Almeida, também Conselheiro (que gentilmente a recebeu), minha Carta-Renúncia, além de encaminhá-la por e-mail à caixa-postal do próprio Conselho.

Portanto, não tenho a competência para receitar saídas para o futebol alagoano, apesar do título da crônica aparentemente pretender dizer o contrário. Mas algo para inserir nesse receituário posso arriscar, sem receio de equivocar-me: 1) receitas dos clubes são exclusivamente dos clubes, e somente na conta bancária do clube pode ser depositada; 2) de toda receita e de toda despesa devem ser prestadas contas ao clube (conselheiros e sócios), à torcida, a eventuais investidores e à comunidade em geral; e 3) os clubes não têm dono ou donos, por mais benfeitorias e investimentos que alguém (ou alguns) tenha (ou tenham) realizado: os clubes são de seus respectivos torcedores.

Olha, é pouco e simples. Mas se fizerem isto já é um excelente começo.
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Também postada nos sites Futebolalagoano.com e FutNet

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