Recado aos alagoanos

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A "virada de mesa" e o CRB

Nem vou falar da nada surpreendente (em Alagoas não o é, mesmo!), mas nem por isto menos escandalosa e repulsiva “virada de mesa” patrocinada pelo CSA, em compadrio com os representantes de clubes que se fizeram presentes à famosa reunião que deliberou pelo retorno do time do Mutange à divisão do futebol alagoano, da qual fora recentemente rebaixado, com méritos.

A verdade, porém, ao meu sentir, é que a ida ou não à histórica reunião (sim, também os fatos nauseantes se inserem na história, negativamente, como óbvio) não guardaria — como continuo entendendo não guarda — a mais mínima importância ao deslinde da pretensão azulina. É que a questão é jurídica, somente podendo ter ares de definitividade qualquer decisão que se profira tentando solucioná-la, se adotada nas esferas competentes, em tudo e por tudo dissociadas daquela que deliberou pelo retorno do CSA. Assim, competente fora a FAF, ao deliberar pela impossibilidade do acesso pretendido, seguindo o parecer de sua assessoria jurídica. Competente o é, agora, a Justiça Desportiva, para restabelecer o estado de direito no âmbito do nosso futebol, declarando ineficaz a tão vergonhosa quanto esdrúxula decisão proferida na patética reunião, porquanto inválida, nula de pleno direito.

E aí pretendo ressaltar que não entendo deva a diretoria do CRB ser achincalhada, agredida, atacada, incompreendida por seus — justamente, embora — irresignados torcedores, porque não se fez presente à comemorada reunião. O CRB, nem qualquer outro clube que para lá não acorreu, não tinha a mais mínima obrigação, mesmo moral, de compactuar com a patética estratégia montada e arquitetada pelo CSA. Se enxergo absurda, porque desvestida de juridicidade, aquela situação, não posso ser obrigado a com ela pactuar, mesmo que seja para, aceitando-a e, portanto, legitimando-a, votar contra a pretensão de seu arquiteto.

Em suma: se entendo sem substância jurídica aquela reunião — no que tange ao que se pretendia, por ela, decidir —, não posso ser atacado porque não quis legitimá-la, o que se daria pela só minha presença no circo armado (com todo respeito aos que trabalham em espetáculos que tais: a referência, aqui promovida, o é no sentido de teatro, ficção, criação, engenho).

Cumpre, porém, que se adote as providências jurídicas cabíveis, providência, esta sim, a que o CRB, por sua diretoria, não tem o direito de omitir-se. Ou, por outra, assim agiria e diria o clube: “não fui à reunião, mas não porque aceito o que lá se decidiu, e sim porque discordo da legalidade de seus fins deliberativos; tanto assim que, na seara competente, aquela decisão será devida e veementemente contestada.”

Infelizmente o estrago já foi realizado no âmbito alvirrubro, com a saída — equivocada, a meu pensar, embora entenda a irresignação de que se impregnou —, de dois dos mais valorosos quadros da diretoria executiva do clube, exatamente os membros da ONG CRB Acima de Tudo, por quem nutro devotados respeito e apreço. Tudo de que o CRB menos necessita, no momento — e no particular, a sua respeitável direção — é de atitudes que a enfraqueçam. Quem sabe possam seus ilustres membros, com as legitimidade e regatianidade que lhes confere suas vidas e sua Associação, repensar a atitude e voltar aos cargos de onde jamais deveriam ter saído. Pelo bem do CRB.
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Tb postada nos sítios Futebolalagoano.com e FutNet

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