Recado aos alagoanos

REGATIANO, AZULINO, ALVINEGRO, ou torcedor de qualquer outro time das Alagoas, valorize o futebol da sua terra! VOCÊ TEM TIME PRA TORCER!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Chutaram o Hino

Crônica

Sei não, velho, acho que a gente tem mais jeito, não. Aliás, a propósito, outro dia um amigo meu — falar a verdade acho que já ouvi isto outras vezes, de outros conhecidos — me disse que este mundo tava condenado, que não havia mais solução, que somente jogando uma bomba neste nosso sofrido planeta, para fazer tudo de novo e recomeçar do zero. Talvez o cabra tenha razão quando expressa a sua desilusão com expressão tão fúnebre (e até meio terrorista, nesses nossos tempos atuais), sabe? Sei lá, eu vejo como as coisas acontecem e confesso que fico pessimista.

Mas deixe eu registrar, logo, que vejo muitas outras coisas piores acontecendo nesta cidade, neste Estado, neste País e neste mundo do que o objeto da minha irresignação. Ih! Muito mais! Mas a crônica é sobre futebol ou, se não for, assim, tão futebolística, ao menos indiretamente é. E sendo, caro(a) leitor(a), é chegada a hora de falar que deu uma melancolia danada ver o comportamento da nossa torcida dita organizada na hora em que tocaram o Hino Nacional, antes do jogo começar, hoje à tarde, lá na Paju. Mermão, ficaram cantando e pulando feito pipoca na panela durante todo aquele momento cívico. Nunca mais tinha visto — mentira, a gente sempre tá vendo, sim, é só maneira de dizer — algo tão patético quanto aquilo. Em suma: uma falta de respeito, um espetáculo deprimente. Engraçado é que não vi esse mesmo entusiasmo — ao menos não por tanto tempo — durante o jogo.

Outra coisa lamentável foi a venda de bebidas em lata dentro do estádio. Nossa Senhora!, que vacilo danado! Como é que vocês foram deixar vender peste de lata lá dentro? Resultado: ouvi dizer que teriam arremessado objetos dentro do campo. É, mais de um objeto, inclusive. E teria vindo do mesmo lugar onde se encontrava a torcida organizada do Regatas. Também não entendi porque não pegaram os..., os..., ah, deixa pra lá.

Tá, mas e o jogo? Ah, o jogo. Bem, o time começou mal — todos haverão de concordar, certamente —, mas após o gol começou a ensaiar uma reação, que na verdade somente veio ocorrer com mais organização a partir da saída do Chiquinho. Aliás, esse rapaz não parece estar muito satisfeito no CRB. A sensação que se tem é que ele tá jogando — jogando nada, diga-se — com uma má-vontade danada. O Hendrich também não disse ao que veio, mas este, vá lá, tá sem ritmo de jogo (mais fora de forma do que eu), e o Gustavo, coitado, será que aquele rapaz já jogou melhor do que está aparentando? Pode até ser, mas não dá para achar isto, não. Júnior Amorim, como sempre, dá gosto de ver: honra a camisa alvirrubra.

Agora, que o Galo evoluiu, evoluiu. Assisti a todos os jogos, inclusive o amistoso em Boca da Mata — menos ao desastre maior, contra o Ipanema, claro —, e de fato hoje o Galo mostrou um melhor futebol, principalmente, como já disse, após levar o gol e até virar o jogo. Depois sofreu uma pressão impressionante do Corinthians Alagoano: parecia que estava jogando fora de casa. Mas creio que com algumas mudanças (contratações e dispensas), que deverão ocorrer — rapidamente, espero —, vai melhorar mais ainda. Dá pra acreditar, sim. Vamos pra frente! E respeitando o Hino, antes. Por favor!

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Também publicado no sítio FutebolAlagoano

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