Recado aos alagoanos

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O problema

Crônica
O maior problema do CRB não será a eventual queda à Série C. Aliás, probabilíssima, registre-se, mas ainda não sacramentada — salvo por alguns falsos videntes ou vendedores de negativismo, de plantão (excetuado aí, naturalmente, o torcedor regatiano, que, se pessimista, o está sinceramente, já que por óbvio não deseja a derrota de seu próprio time). Não deve, por isto mesmo, residir exclusivamente aí o foco das preocupações dos torcedores alvirrubros. Afinal, para descer basta estar em cima. E o CRB quer cair, parece. Fez um regional muito ruim — com um 1º turno péssimo —, um horrível início do Brasileirão/B (o jogo contra o Corinthians foi a grande ilusão), melhorou a partir do jogo contra o Bahia, ainda no 1º turno, mas desde aquele antepenúltimo, contra o Vila Nova (2º tempo desastroso), voltou a demonstrar que pretende visitar a nova 3ª divisão (talvez por ser nova... quem sabe?). Mas o fato é que a queda, no futebol como na vida (já diria aquele intelectualmente “brilhante” participante daquele programa de tv; o que no final ficou amigo de uma vassoura ou coisa parecida), faz parrrte.

O maior problema tampouco é a escassez de títulos regionais. É ruim, é problema, mas não é o maior. De que serviu o (singular, no século atual) título de 2002 para o futuro do clube? Bom, foi! Comemorar, claro! Mas não resolveu o problema que está na essência do clube. Como não resolve. E olhe que o trabalho ali desenvolvido foi dos mais razoáveis que já vi modernamente no clube. Mas não há solução de continuidade. O time, com ou sem títulos, com ou sem Série B, não crescerá só por isto. Injeção sazonal de dinheiro de origem desconhecida pode dar um título (não seria o caso de 2002), mas não dá pujança, robustez, futuro a clube algum.

O problema do CRB, leitor e leitora que me honram com sua leitura, é exatamente quanto ao futuro, seja na C (o que é muito mais provável), seja na B (a esperança, afinal, é a última..., lembram?). Explico: Quem vai cuidar do clube amanhã? Quem vai administrá-lo? Quem vai estar lá na Pajuçara (se é que vai estar lá, e se é que o “lá” vai continuar resistindo às dívidas)? Respondo: os mesmos. Os mesmos que vêm se revezando na diretoria do clube há vários anos. A queda, meus caros, por si só é apenas ruim (ironia, não). Para um cair existe, em tese, um levantar. Não fosse assim o verbo (levantar) nem existiria. O problema mesmo reside em encontrar-se, no vasto (vastíssimo!) emaranhado de incompetência e prevalência de interesses pessoais e vaidades mesquinhas que reinam soberanamente no Galo — isto pelo menos é visível —, o fio de esperança que possa coser um futuro melhor para o clube.

Claro que a crítica não é pessoal. E evidente que exceções heroicamente existem, ou existiram. Mas não têm voz, nem força. Ou tendo, não querem. Devem ter razão em não querer. Já os que estão (e sempre estiveram) fora, e querem, não conseguem entrar, ou não lutam o suficiente para tanto. O futuro próximo (e aquele não tão próximo): Isto é “o” problema.
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Também postada nos sites FutebolAlagoano.com e FutNet

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