Recado aos alagoanos

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O CSA ainda é o favorito?

Crônica
Taí uma pergunta difícil de responder. Tinha, no papel, o melhor time. Continua tendo? Sim. Aliás, vem ser reforçando (vide a contratação do Eduardo, ex-Vasco, e que fez uma excelente temporada no Brasileiro 2007 pelo CRB), tornando-se, assim, e ainda com mais distância dos demais, o melhor time. No papel.

Não tem a melhor estrutura doméstica — vale dizer, não tem seu próprio campo pra treinar, tampouco concentração —, mas está apresentando uma estrutura financeira que impressiona e que, por isto mesmo, tem tornado uma questão menor a falta da doméstica. Isto se conclui, entre outros fatores menores, pelos hotéis onde concentra e contratações que realizou e realiza.

Porém..., e é aí que mora o perigo, não venceu nenhum dos três jogos já disputados. É certo que perdeu para aquele que vem demonstrando, em campo, ser o melhor time do campeonato até aqui (diferentemente, portanto, do próprio CSA, que até agora é só no papel). Pode-se dizer, também, que merecia ter vencido o jogo contra o Ipanema. Talvez. É razoável falar-se, ainda, que sofreu o empate para o Capelense num lance de infelicidade quase rara no futebol. Pode ser. Mas..., não venceu. E não foi um, nem dois jogos. Três. Este é o número preocupante para todos os azulinos.

À parte os eventuais azares de que possa ter sido vítima nos jogos que disputou, o que na verdade começa a dificultar o diagnóstico de seu favoritismo — agora já com feição de prognóstico — é, de um lado, a matemática que atesta mantém-se na 4ª posição do seu grupo, com apenas 2 pontos ganhos em 3 jogos, sendo que seu próximo adversário, o Coruripe, ocupa a 2ª posição, com 3 pontos ganhos e, um agravante sério, 2 jogos, 1 a menos que o time do Mutange. De outro lado, a questão emocional. É sabido que dois empates e uma derrota em início de campeonato gera uma natural pressão da torcida, da própria diretoria, além daquela que é promovida pelo próprio jogador, em si mesmo. Isto favorece a que venha a intranqüilidade, marcada pela necessidade imperiosa de vencer. Daí para errar-se muitos passes, finalizar-se mal, etc., é um pulo.

Finalmente, alardeia-se, agora — sempre surgem denúncias do tipo nesses momentos de pré-crise —, que os resultados sofríveis seriam conseqüência de comportamento não condizente com a vida de um atleta, no que pertine a noitadas e farras de que estariam participando alguns jogadores. Bem, se for verdade, bem não faz. Mas será? E se farra houve, deve ser a isto atribuído o insucesso até aqui experimentado?
O fato é que continuo achando o CSA, por tudo que já disse, forte candidato ao título, ainda. Tem o melhor time e é certamente o que mais tem investido financeiramente para alcançar esse objetivo, até porque isto lhe asseguraria a participação na Série D do Brasileiro. Mas..., favorito ainda? Sei não. Afinal, a história está cheia de exemplos de campeões que não tinham o melhor time. No papel.
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*Escrita em 29/01/2009
*Também publicada nos sites Futebolalagoano.com e FutNet

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