Recado aos alagoanos

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sábado, 9 de maio de 2009

Pontos nos "is"

Crônica
Só alguns pontos, que teimaram, teimaram, e surpreendentemente não foram postos nos seus respectivos “is”. Antes deles foram tirados.

Primeiro: parte considerável da imprensa falada, ora nas entrelinhas (sob a roupagem da mera conjectura factual), ora descambando para cima das linhas mesmo, parecia torcer para que o CSA vencesse o clássico e, assim, escapasse do rebaixamento, ou até se classificasse. Aquilo que foi timidamente ventilado antes do jogo em que o Azulão desbancou o Santos, o foi mais afoitamente após, até à beira da euforia depois da vitória sobre o Murici.

Não venceu. Perdeu e, por isto, foi rebaixado. Mas o discurso é que o CSA é que teria rebaixado a si mesmo. Por sua incompetência dentro e fora das quatro linhas. O CRB? Mero coadjuvante nesse triste infortúnio. Não é verdade. Claro que o CSA foi incompetente, mas quem o rebaixou foi o CRB. Não fosse o Galo ter vencido, estaria o CSA, vencendo, classificado, graças ao Coruripe. Portanto, esse é um ponto que não foi posto em seu verdadeiro “i”.

O segundo ponto: criticou-se o CSA, pelo rebaixamento, mas tentou-se pôr o CRB, por não ter obtido a classificação, senão na mesma panela, ao menos num papeiro semelhante. Os dois teriam sido péssimos. Um, pelo rebaixamento; o outro, porque venceu pra nada, já que não se classificou. Enfim, os dois fora do quadrangular. Mesmo barco. O raciocínio, entretanto, é inconsistente.

Efetivamente, o CRB está longe do clube cujo passado o honra. Mas querer colocar as duas campanhas — de CSA e CRB — quase no mesmo saco é de um equívoco tão grande quanto inacreditável e injusto. Veja-se, em síntese.

O CRB vem tentando, já desde Wilton Figueiroa (quando este assumiu só havia um jogador na Pajuçara), soerguer-se com sustentabilidade. A partir do José Serafim e sua equipe, ultrapassados tropeços iniciais, os passos tornaram-se mais firmes e com resultados mais concretos. Hoje, indiscutivelmente, o CRB é outro. Dentro e fora de campo. Seu time, modesto embora, e guardadas as circunstâncias de seu estado anterior, realizou uma boa campanha, sim! Tanto que só não logrou o primeiro êxito (a classificação) porque o grupo de onde saíram os outros dois times teve um desempenho técnico escancaradamente ruim. Basta ver-se que o Coruripe classificou-se com 12 pontos, enquanto o CRB não o conseguiu com 19, mesmo número de pontos, aliás, do (elogiado) ASA, campeão do 1° turno (à frente do Galo apenas no saldo de gols). Mais: o CRB termina a sua participação no 3° lugar na contagem geral de pontos do campeonato.

Portanto, e ainda que em rapidíssimas observações, é facílimo perceber-se que o CRB não fez vergonha a sua apaixonada torcida, é perceptível que está no caminho certo, e é justo que seja reconhecido como tal. Modesto, sim. Longe, ainda, do que já foi, sim. Mas sério, organizando-se, e com os pés bem postos no chão.
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*Escrito em 07/05/2009
*Também postado nos sites Futebolalagoano.com e FutNet

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