Recado aos alagoanos

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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Por que é tão difícil ajudar?

Crônica
Com todos os meus respeito e reconhecimento pelo que foi realizado de bom no CRB durante o ano próximo passado — tantas vezes por mim exaltado, em outras oportunidades —, tenho, entretanto, que do jeito que as coisas estão não é possível continuar. É que não é concebível deixar-se órfão um corpo de funcionários que está com salários atrasados há pelo menos dois meses (ou três). Claro que sei do esforço promovido ao desenvolvimento de um bom trabalho. Sei das imensas dificuldades de dirigir-se o CRB, herança da má direção promovida por algumas péssimas administrações passadas, o que também é conhecimento corrente. E atrasos salariais acontecem. Para esses funcionários devem ser particularmente terríveis, não há negar-se, já que se sabe na sua imensa maioria não percebem mais do que um salário mínimo. Mas acontecem. A percepção, porém, pela presença física solidária, de que se está ao menos buscando alternativas para resolvê-los é que não pode, em hipótese alguma, ser-lhes tirada. Não for assim, não há atraso. Há abandono.

Por outro lado — embora faces de uma mesma moeda —, à vista da precária situação do clube na Série B, alguns fatos lamentavelmente ocorridos não podem ser compreendidos, ao menos não satisfatoriamente. Explico, perguntando:

Por que rejeitou-se, quase de plano e com virulência pública as conversações com o dirigente maior do Corinthians Alagoano, cidadão sobejamente competente (e, por isto, bem sucedido) no trato das coisas do futebol? Por que desprezou-se a ajuda que poderia proporcionar ao clube? Por que não se conversou (negociou), na hipótese de sua proposta não ter sido considerada boa para o clube? Por que fechar as portas de modo tal que, hoje, há notórias e naturais dificuldades para reabri-la, e se reaberta for, dado o tempo perdido o auxílio não poderá ser de mesma monta?

Por que rejeitou-se, de plano, o oferecimento do político alagoano de, simplesmente, treze jogadores ao clube, a custo zero!? Por que não foi acolhido o gesto, recebidos os jogadores, avaliados e, aí então, e só aí(!), rejeitados parcial ou totalmente, caso inservíveis? Por que não agradecer-lhe o gesto, a preocupação, a atitude, recebendo-os? Como pode um clube com tais e tamanhas dificuldades dar-se ao luxo, seja lá por que razão for — e não pode haver alguma que a justifique —, de rejeitar tal oferta?

Por que rejeitou-se, de plano, o oferecimento de um profissional de psicologia por um grupo de torcedores e conselheiros, a custo zero(!), quando ainda faltava mês e meio, aproximadamente, para o final do Alagoano? Por que não aceitá-lo, se o clube desse profissional não dispõe e é reconhecidamente importante para qualquer agremiação esportiva que se pretenda viva e grande?

Por que é tão difícil ajudar?
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Também publicado no sítio FutebolAlagoano.com

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