Recado aos alagoanos

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Bolachas, acarajés e caranguejos (e o ASA, claro!)

Crônica
Um pacote de bolachas Cream Cracker Fortaleza. Foi. Terça-feira, 23/07/2008 — dia seguinte ao jogo contra o time cearense homônimo do referido biscoito, em que o CRB perdeu de 3 x 0 —, ganhei um pacote, inteiro, de um azulino estagiário de direito. “Dr. André, trouxe para o senhor”, disse-me, com ar grave, certamente de preocupação em abastecer-me de algo para lanchar nas manhãs e tardes de trabalho. Por um décimo de segundo pensei ter percebido uma eiva de cinismo indolente em sua expressão consternada. Recordo-me, inclusive, que ele ainda ressaltou: “Olha, doutor, vem com 3 pequenos pacotes dentro. Assim, o senhor abre um por vez, para não correr o risco de estragar os demais.” Ora, claro que eu estava enganado. O pretendente a advogado estava mesmo preocupado comigo. Mas por que justo aquelas Cream Crackers chamadas Fortaleza, justamente as minhas prediletas? Como adivinhara? E o destaque ao número de pacotes internos? Três pacotes... Hummm... Seria alguma referência ao jogo...? Não, claro que não. Bobagem, minha.

Imediatamente afastei esses pensamentos — que na verdade não permaneceram mais que alguns segundos, juro! — e, agradecido, pus a mão em seu ombro dizendo-lhe, quase emocionado pela lembrança surpresa: “Obrigado, meu rapaz. E para melhor demonstrar-lhe minha gratidão, próximo fim de semana, após o jogo do Galo no sábado à tarde, irei à Vitória da Conquista e à Itabuna, na Bahia, para verificar o andamento de uns processos particulares, e, na volta, almoçarei em Sergipe; daquele vizinho estado, faço questão de trazer-lhe, no mínimo, 2 cordas de caranguejos cevados, e dos municípios baianos ao menos 7 porções de acarajé, 2 de Itabuna e 5 de Vitória. Mas faço questão de comê-los com você, posteriormente.” Dei-lhe, então, agradecido, um forte abraço e saí à minha sala, com meu pacote de bolachas Cream Cracker Fortaleza debaixo do braço. Não sei porque, mas desta vez desejei fossem de outra marca.

Brincadeiras à parte, viva o ASA de Arapiraca, hoje orgulho único dos alagoanos! E aproveito para torcer que essa histórica vitória (6 x O, contra o Confiança, campeão sergipano), ocorrida na noite de ontem, sirva para diminuir o preconceito dos da capital com os nascidos no interior, curiosamente o mesmo preconceito que aqueles reclamam que lhes é devotado pelos nascidos no sul-sudeste do país.
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Também publicada no sítio FutebolAlagoano.com

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