Recado aos alagoanos

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O Rei, o Plebeu e a Sábia

Crônica
Chegou cheio de fama. Conquistada com justiça, diga-se. O Rei do Nordeste! Era assim chamado em decorrência do grande número de títulos conquistados por times que dirigiu em gramados nordestinos. Veio para tirar o único representante daquele estado das Alagoas, naquela competição nacional, da delicada situação em que se encontrava na tabela. Por ironia do destino o time vinha de uma vitória contra um clube do planalto central. Naquele jogo feliz e quase singular (antes houve apenas uma outra vitória, na distante 4ª rodada), válido pela 11ª rodada do certame, fora dirigido por um técnico interino — ex-jogador do mesmo clube, até então exercendo a função de auxiliar técnico — e assistido por uma profissional da psicologia, antiga (e vitoriosa) conhecida do clube, mas cujos serviços até então paradoxalmente lhe foram solicitados em apenas duas oportunidades, no distante ano de 2006.

O resultado experimentado após a vinda do rei foi desastroso. Desde que iniciado o reinado, a nave vermelha e branca — de nome argos, em referência àquele famosa e lendária nave grega — empatou uma única vez — e em seus domínios — e sofreu 5 derrotas, 3 delas por goleada. O Rei do Nordeste, então, surpreso e derrotado pelo próprio insucesso experimentado, reinvestiu-se de suas vestes majestáticas, pegou do seu cetro e de sua coroa, ...e se foi. Sobraram os argonautas da esperança, novamente sem comandante (ou, no caso, um rei). Sobrou a sábia dos estudos psicológicos, cujos serviços haviam novamente sido solicitados na imediatamente anterior batalha contra o time da Terra de Todos os Santos (e em que o clube da Terra dos Marechais, apesar de derrotado por 2 tentos a 1, demonstrara parecer estar recuperando a coragem, a garra e a fé).

Três dias depois haveria uma nova batalha — ontem, precisamente —, então já pela 18ª rodada da guerra. O tempo era curto e a necessidade de vitória era enorme, inadiável, até. À falta de um general com mais medalhas e galões — não necessitava fosse um outro rei —, o clube teve mesmo foi que socorrer-se de um simples plebeu — escolhido entre os próprios membros da plebe —, investindo-o no cargo de técnico. Mais: no dia mesmo da nova batalha, pedira que a sábia fosse prestar a assistência psicológica possível aos sofridos argonautas. Esta mais uma vez aceitou o desafio (que raríssimos aceitariam, registre-se).

Veio a batalha, e os argonautas da esperança não decepcionaram, fazendo jus ao belíssimo Hino do clube que defendem. Apesar do pouco tempo de preparação técnica e tática patrocinada pelo plebeu — alçado, às carreiras, como visto, ao posto de comandante técnico —; a despeito de o plantel de guerreiros vir sendo formado em plena guerra; e mesmo tendo sido mais uma vez brevíssima a assistência psicológica promovida pela sábia, aquela nave vermelha e branca foi brilhante! Lutou com raras competência e bravura, do início ao fim! E venceu! E de goleada! Venceu e convenceu.

Festejaram todos: os bravos argonautas da esperança, o novo técnico-plebeu e a competente sábia! Festejou a imensa, vibrante e fidelíssima plebe sofrida, destinatária maior do bem ou do mal que aconteça à nave argos.

Atenção! A nave não pode naufragar. Mantenham o técnico-plebeu! Mantenham a sábia!
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Também publicada no site FutebolAlagoano.com

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