Recado aos alagoanos

REGATIANO, AZULINO, ALVINEGRO, ou torcedor de qualquer outro time das Alagoas, valorize o futebol da sua terra! VOCÊ TEM TIME PRA TORCER!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Emoção e alguns... detalhes


Crônica

Emoção até umas horas! Pra ambos os lados, verdade se diga, mas pro torcedor alvirrubro..., Nossa Senhora!, foi emoção demais da conta, caba veio! E especialmente para o torcedor do Galo, entre outras por uma razão tão simples quanto óbvia: venceu o jogo contra seu maior rival, o CSA — atual campeão alagoano e, disparado, o melhor plantel no papel —, e está mais vivo do que nunca na luta pela classificação. Sim, porque depois da queda da Série B, o CRB finalmente voltou a olhar com cuidado e a dar valor ao campeonato alagoano: já não era sem tempo.

Algumas outras razões para a alegria da moçada alvirrubra:

1. É um dos times mais modestos de todo o campeonato, formado em grande parte de jovens pratas-da-casa, e está apresentando um desempenho muito superior ao de outros — dos quais seu arquirrival é o maior exemplo —, que, entretanto, contrataram plantel com cifras muito superiores, grandiosas até para a realidade do nosso campeonato;

2. Começou desacreditado, mas com a esperança e o apoio da torcida alvirrubra e da nova diretoria, foi se firmando pouco a pouco, e hoje consolida, pode-se dizer, a evolução que se anunciava;

3. “Perdeu” três importantes nomes para o mesmo CSA, o que induvidosamente mexeu com os brios de sua torcida: o ex-pretendente a ídolo, Jr. Amorim, que hoje mal pronuncia o nome do time que o acolheu há três anos; o goleiro Jefferson, até então querido e já identificado com a torcida alvirrubra, cujo contrato não foi assinado pelo CRB porque sua diretoria recusou-se, com absoluta e elogiável responsabilidade, a comprometer-se com o valor da multa lá prevista, diferentemente de muitos cartolas que já passaram pela Pajuçara; e o treinador Julio Espinosa, que segundo explicou pediu para sair porque confessou-se infeliz, mas poucos dias depois, recuperando a felicidade perdida, já estava empregado no Azulão (pura sorte!). “Perdeu” os três, entretanto, venceu o rival, apesar de tudo e deles, e com a prestimosa ajuda do ex-armador azulino, Da Silva, trazido para o CRB quando então encostado no Mutange;

4. Está satisfeito com o trabalho desenvolvido por sua atual diretoria e com o CT da Pajuçara funcionando (campo, escolinha, concentração), modestamente arrumado, mas limpo e agradável; não bastasse, novo e belo site, loja por abrir, movimentos organizados de absoluto valor despontando e se firmando (CRB Acima de Tudo, Movimento Galo pra Frente, CRB Meu Único Time), projeto do novo estatuto elaborado e entregue ao Conselho Deliberativo, Sócio-Torcedor crescendo com consistência, rifa para construção da nova arquibancada indo de vento em popa,... enfim, a coisa tá caminhando bem lá pras bandas da Paju. Devagar, mas está.

Os detalhes. Bem, os detalhes, que tornaram esse final de clássico particularmente saboroso aos regatianos, excluída a pimenta com que foi desastradamente temperado em sua primeira parte e os detalhes que a rodearam, foram as constantes e impressionantes quedas do goleiro Jefferson (nunca vi um sujeito cair tanto em campo, sentindo fortes dores mesmo quando nada o tocava, e que, pasme, subitamente sumiam) e os gols do CRB, chamados de detalhes pelo técnico azulino. É que o ex-treinador assim denomina o gol quando é realizado contra o time que comanda. Assim, o time (o CSA) é outro (melhor), desde quando o pegou pra treinar; jogou bem, e poderia ter tido outro resultado não fossem... dois detalhes: exatamente os dois gols sofridos. Ah, tá!

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Também postada no site Futebolalagoano.com

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